Resultados interessantes do PreHarvest em estudo realizado com Salmões-Atlânticos
Este estudo avaliou a eficácia do AHV Salmo PreHarvest para melhorar a sobrevivência e a saúde de salmões-Atlânticos (Salmo salar) frente a um desafio por coabitação com P. salmonis. Comparou-se um grupo controle sem tratamento e dois grupos tratados com PreHarvest em diferentes etapas, analisando seu impacto na mortalidade, crescimento e saúde.
AHV PreHarvest como parte da gestão de desafios na salmonicultura
A salmonicultura tem experimentado um crescimento notável nas últimas décadas, posicionando-se como uma das atividades produtivas de maior relevância no cenário global. No entanto, este crescimento não tem estado isento de desafios, especialmente em termos de doenças infecciosas que impactam significativamente tanto a produção quanto a rentabilidade do setor. No Chile, a Septicemia Rickettsial Salmonídea (SRS) é uma das doenças bacterianas mais prevalentes e devastadoras no cultivo de salmão, gerando graves perdas econômicas e altos índices de mortalidade nos peixes infectados.
Diante da necessidade urgente de encontrar alternativas mais sustentáveis e eficazes, a AHV desenvolveu o PreHarvest, um produto inovador concebido para apoiar os animais a enfrentar desafios como P. salmonis na salmonicultura. O PreHarvest é administrado diretamente na ração dos peixes, oferecendo uma estratégia de manejo preventiva e restauradora. Este produto baseia-se em compostos ativos que atuam reduzindo a formação de biofilme e bloqueando a comunicação por quorum sensing entre bactérias. Ao interferir nesses mecanismos-chave, o PreHarvest ajuda a reduzir a capacidade do patógeno de aderir e proliferar nos tecidos dos peixes, diminuindo assim o risco de infecção e promovendo uma resposta imunológica mais eficaz nos salmões.

Objetivo do Estudo
- 594 salmões-Atlânticos
- Peso médio de 155 g
- Distribuídos em três grupos
- Controle
- AHV1 (tratamento durante o desafio)
- AHV2 (tratamento antes e depois do desafio)
O grupo AHV1 recebeu um pulso durante 15 dias a 2,5 kg/t de ração, a partir da introdução dos peixes “troianos” nos tanques. O grupo AHV2 recebeu dois pulsos: um pré-desafio de 23 dias e outro pós-desafio de 45 dias, ambos a 2,5 kg/t de ração. Os salmões foram mantidos em água do mar (30–33 psu) a temperaturas entre 11,6°C e 15,1°C, com aeração/oxigenação constante para manter a saturação de oxigênio em ~9,8 mg/L. Ao final do período pré-desafio, os peixes foram pesados e medidos para análise de patógenos (qPCR e IFAT).
Para o desafio por coabitação, cada peixe troiano foi inoculado com 0,2 mL de P. salmonis (genogrupo EM-90) a 9,67×10⁷ ufc/mL. Foram colocados 20 peixes troianos por tanque e amostrados 10 peixes coabitantes para análise. A mortalidade foi registrada diariamente e necropsias foram realizadas desde a aclimatação até o fim do desafio. A alimentação foi ajustada para garantir no máximo 10% de sobrealimentação. A mortalidade foi registrada durante 60 dias pós-desafio.

Figura 1 Esquema do desenho experimental feito para o desafio do P. salmonis por coabitação em salmão do Atlântico (Salmo salar)
Resultados
- Redução da Mortalidade e Aumento da Sobrevivência
O estudo mostrou que o PreHarvest ajudou a reduzir de forma significativa a mortalidade dos peixes tratados. Conforme a Tabela 4, o grupo controle apresentou mortalidade acumulada de 48,9%, enquanto os grupos tratados com PreHarvest registraram mortalidade consideravelmente menor: 23,7% no AHV2 e 17,8% no AHV1. Essa redução representa um Porcentual de Sobrevivência Relativa (RPS) de até 63,6%, destacando a eficácia do PreHarvest em condições de desafio com P. salmonis.

Figura 2 Mortalidade acumulada após o desafio pela coabitação com peixes-troianos infectados com P. salmonis para os grupos tratados com PreHarvest (AHV1 e AHV2) e o grupo controle.
- Melhoria no Crescimento e nos Parâmetros de Produção
Os grupos tratados apresentaram melhores resultados em ganho de peso e taxa de crescimento específico (SGR) pós-desafio em comparação ao grupo controle. O grupo controle obteve um ganho médio de 776,5 g, enquanto os grupos tratados atingiram ganhos superiores: 814,6 g (AHV2) e 812,0 g (AHV1). A SGR pós-desafio também foi maior nos grupos AHV (1,25% e 1,21%, respectivamente) frente ao controle (1,18%). Além disso, a conversão alimentar (FCR) pós-desafio foi mais eficiente nos grupos tratados com AHV PreHarvest. - Menos Lesões e Melhor Saúde Geral nos Peixes Sobreviventes
Os peixes do grupo controle apresentaram danos significativos em órgãos e tecidos, tanto externos quanto internos, em comparação com o grupo AHV2. No grupo AHV2, não se observaram feridas ou úlceras na pele, enquanto 75% dos peixes do grupo controle em um dos tanques apresentaram essas lesões. Internamente, os peixes do grupo AHV2 mostraram menor incidência de alterações como fígado pálido ou hemorrágico, e não houve evidência de inflamação hepática nem ascite. - Redução da Presença de P. salmonis no Muco da Pele
No grupo controle, foram observados achados mais frequentes, como esplenomegalia em todos os tanques e cecos pilóricos congestionados em até 100% dos peixes de um tanque. Esses resultados podem estar relacionados às amostras de muco da pele analisadas por IFAT, onde não foi detectada a presença de P. salmonis no grupo AHV2, enquanto o grupo controle apresentou resultados positivos para esse patógeno.
Conclusões
O uso do AHV Salmo PreHarvest, na dose de 2,5 kg/t de ração, adicionado através da oleagem, permite reduzir de forma significativa a mortalidade causada pelo desafio com P. salmonis, aplicando estratégias de pulsos e alcançando um RPS >51,5%. Isso está positivamente relacionado a uma menor carga de P. salmonis nos tecidos e, especialmente, no muco da pele.
O AHV Salmo PreHarvest é um produto à base de extratos vegetais que reduz a formação de biofilmes produzidos por diferentes bactérias, neste caso patogênicas como P. salmonis. A formação de biofilmes é favorecida no muco, particularmente na pele, sendo uma das principais vias de infecção dessa bactéria em salmões. A redução oportuna do biofilme de P. salmonis no muco, gerada pelo AHV Salmo PreHarvest, pode explicar a ausência de feridas e úlceras nos peixes sobreviventes ao desafio, reduzindo, consequentemente, o processo infeccioso para os órgãos internos do peixe.
Os Produtos AHV para Salmonídeos
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